Resenha - Maze Runner #1 - Correr ou Morrer - Livro x Filme

Livro

Descobri Maze Runner através do trailer do filme, antes disso nunca nem havia ouvido falar. Então num dia aproveitei que estava na saraiva e comprei o primeiro livro, que foi um absurdo de caro na loja física, mas ok.
O livro começa com Thomas acordando em um elevador escuro e se dando conta de que não se lembrava de nada além de seu nome. O elevador para após um bom tempo e ele se vê em uma clareira cercado por meninos adolescentes. Preciso dizer que fiquei um pouco irritada nos primeiros capítulos, pois, como Thomas não se lembra de nada e não faz a menor ideia de onde esteja, ele faz dezenas de perguntas, que eu também estava curiosa pra saber, mas ninguém o responde e a falta de informação começa a dar nos nervos.
Explicando: A cada mês chega um novo menino na clareira, levado pelo elevador junto com alguns mantimentos para sobrevivência. Essa clareira é cercada por um labirinto que tem portas que se abrem pela manhã e se fecham pela tarde, e ninguém sabe qual o proposito do labirinto, como eles chegaram ali e muito menos como sair desse estranho lugar, em que possui criaturas aterrorizantes, chamadas Verdugos, que aparecem durante a noite. Esse grupo de garotos criou uma sociedade com divisão de tarefas, em que uns cuidam dos animais, outros das hortas, e dentre outras coisas, existem os corredores, alguns poucos meninos que se aventuram pelo labirinto todos os dias para mapeá-lo.
Sendo que eles mapeiam todo dia o labirinto há pelo menos 2 anos, seria fácil descobrir a saída, certo? Errado, o labirinto muda todos os dias e nem se sabe se existe mesmo uma saída. É quando Thomas chega que coisas estranhas começam a acontecer, o elevador volta no dia seguinte e traz... Uma garota? Aí sim estão duas coisas que nunca haviam acontecido, já que desde o começo o elevador traz apenas um menino a cada mês, além disso a garota trazia um bilhete na mão escrito “Ela é a última. Tudo vai mudar”. Em um dia o sol decide simplesmente não aparecer, e em outro as portas do labirinto não se fecham. Sinceramente, essa parte é a melhor do livro, é uma tensão imensurável, que infelizmente foi cortada do filme.
Gosto de praticamente todos os personagens do livro, Thomas é esperto e junto com Teresa forma um lindo casal (espero que eles fiquem juntos nos próximos livros), eles inclusive têm uma ligação psíquica que os permite se comunicar por pensamento. Na história eles usam algumas expressões como mértila, trolho e plong que só fazem sentido no livro. Além disso, achei estranha a descrição dos tal Verdugos, pareceu que o autor quis colocar muitas características que deveriam ser apavorantes juntas, o que os deixou sobrecarregados e pra mim não fez sentido algum.
Preciso dizer que desconfio de umas imitações básicas no livro, são coisas que lembram MUITO Jogos Vorazes, e algumas coisas que lembram UM POUCO Convergente, mas não tenho certeza se foi plágio mesmo ou apenas coincidência, apesar disso, Maze Runner tem o seu próprio encanto, e é lindo e alucinante, é ação e aflição o tempo todo e o final ficou com um gostinho de quero mais.

Livro: Correr ou Morrer (The Maze Runner)
Série: Maze Runner
Autor: James Dashner
Editora: V&R
Páginas: 428
Ano: 2010

            Algumas mudanças em relação ao livro foram:
        
  • No filme chove, enquanto no livro deixa bem claro que NUNCA CHOVE NA CLAREIRA.
  • No filme eles chegam a até mesmo fazer uma festinha com direito a uma fogueira e bebidas.
  • Os códigos do labirinto são números, e não palavras como no livro. Fiquei triste, pois foi lindo ir desvendando tudo junto com a Teresa, e no filme ela mal aparece.
  • No livro, para chegar na toca dos Verdugos eles têm que se jogar de um penhasco e cair em um buraco invisível, enquanto no filme o buraco é sólido e na parede.
  • Ninguém desenha os mapas, eles são maquetes.
  • Em vez de se esconder na casa grande, que nem mesmo existe no filme, eles ficam no meio do mato, esperando serem atacados.


Classificação:

Livro:  Ã‰ um livro muito bom, mas que se torna previsível em algumas partes.
Filme: 8 - Como filme continua sendo bom, porém ficou um pouco superficial.
Adaptação: 6 - Não chega a ser tão ruim quanto Percy Jackson, mas também não chega a ser tão bom quanto Jogos Vorazes, faltaram muuuuuuitas coisas do livro que seriam importantes.


Nenhum comentário:

Postar um comentário