Em parceria com a editora V&R venho aqui hoje fazer a resenha do décimo livro da série Diário de um Banana, espero que gostem!
O único contato que eu já havia tido com a série foi há anos atrás, quando assisti o filme de mesmo nome. O filme tem uma temática infantil, é divertidinho mas tem umas piadinhas bem sem graça, então nunca tive muito interesse nos livros, que eu imaginava que seguia a mesma linha de pensamento. Acontece que surgiu a oportunidade de parceria e recebi o décimo livro da série, e imaginem minha surpresa ao perceber que não tinha NADA a ver com o filme?!
Comecei o livro já com um pé atrás mas logo nas primeiras páginas me vi encantada e o devorei todo em pouquíssimas horas, juro pra vocês! Eu imaginava se tratar de um livro infantil, mas muito pelo contrário, ele aborda temas muito atuais e que até mesmos os adultos devem parar pra refletir. Sim, ele tem muitas ilustrações, mas nesse caso funcionou super bem, elas acabam complementando os textos e deixando o livro muito mais engraçado e leve de ler.
A história é a seguinte: O personagem principal é o Gregg, um adolescente que mora com os pais e os irmãos, tem que lidar com as chatices do dia-a-dia e deixa tudo registrado no seu diário, que é o livro em si.
Logo no início do livro ficamos sabendo que a mãe dele está buscando assinaturas para uma petição que pede que as pessoas parem de usar aparelhos eletrônicos por 48 horas. O motivo é que ela percebeu que a tecnologia está cada vez mais afastando as pessoas, que elas não conversam mais entre si, que não se encontram, e que não fazem nada pra ajudar um ao outro, portanto, essa seria uma ótima oportunidade pra elas se reconectarem. O Gregg, é óbvio, odiou a ideia e torceu com todas as forças pra que o pedido fosse negado, mas não deu certo e eles acabaram proibidos de usar qualquer coisa eletrônica.
Esse livro me fez pensar muito nas vantagens e desvantagens da tecnologia. Porque ao mesmo tempo em que ela é super útil e nos faz conectar com pessoas de outros estados, e até mesmo outros países, ela acaba nos afastando das pessoas ao nosso redor, e muitas vezes a gente nem mesmo percebe isso.
Hoje em dia, é bem difícil se encontrar com os amigos, sair só pra passar uma tarde juntos, é muito mais simples criar um grupo pelo celular e ficar conversando com eles à distância, assim você não precisa nem sair de casa pra se conectar com outras pessoas.
Mas será mesmo que isso é uma coisa boa? Será que toda essa interação com tantas pessoas, essa vida de "fulano virou meu amigo", ou de fazer contagens de seguidores e likes faz mesmo a gente se sentir amado e cheio de amigos, ou apenas cada vez mais sozinho e esquecido? É um tema muito importante a se pensar, e temos sempre que ficar nos vigiando pra não esquecermos do que realmente importa, porque é muito fácil nos perdermos nesse mundo de internet e facilidades.
Durante o livro, o Gregg vai passando por diversas roubadas, e parece que ele vai se embolando cada vez mais, pra evitar uma situação ruim ele acaba se metendo em outra e mais outra, e é realmente muito divertido ver tudo isso se desenvolvendo!
Apesar de ser um livro considerado infantil, O Diário de um Banana agrada todas as idades, e surpreende pela maturidade do seu tema e como as coisas são ponderadas na cabeça dos personagens, faz refletir e ainda planta a sementinha da dúvida em relação ao que estamos criando com tanta tecnologia e como isso pode nos afetar. Super aprovado e COM CERTEZA vou procurar adquirir os outros livros da série.
Livro:
Série: Diário de um Banana
Autor:
Editora:
Páginas:
Ano: 2015
Classificação:
tenho esse livro amo diario de um banana bons tempos
ResponderExcluirquais os pontos positivos e negativos do livro?
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