Assassin’s Creed: Unity - Gameplay

Gameplay


            Partimos agora para o lado mais técnico do jogo... Com Unity, a Ubisoft realmente se superou. Reescrevendo e reprogramando a engine AnvilNext quase inteirinha, eles conseguiram obter tudo o que o novo jogo exigia. Começaremos falando de um dos (se não o) pontos mais fortes do jogo: o parkour (ou free-run). Algo que esteve presente desde o primeiro jogo e sendo a feature que mais chamava atenção na série, o parkour dessa vez foi levado a um nível grandioso com algo que parecem extremamente simples: a opção de parkour down. Nos jogos anteriores, essa atividade de escalar prédios se resumia a isso basicamente: escalá-los; o que dentro de alguns minutos de jogo poderia acabar se tornando uma verdadeira frustração. Sempre precisávamos procurar pontos específicos para fazermos os famosos Leap of Faith ou então, sem paciência, saltávamos do topo de um prédio e perdíamos mais da metade da vida de nossos personagens ao aterrissarmos. Isso agora não é mais um problema. Com o simples aperto de um botão diferente, Arno executa uma ação diferente, e ao invés de escalar uma parede, procura recursos ao redor para que possa descê-la, tornando tudo incrivelmente mais prático. Sem contar que a atividade agora ficou muito mais fluída, com animações novas e fantásticas que tornam tudo mais divertido e até bonito de se assistir.
          Em relação ao combate, também temos um ponto extremamente positivo. Nos jogos anteriores, cada vez mais nos tornávamos verdadeiras máquinas de combate. Em AC3 e AC4:BF, era absolutamente fácil derrotar um esquadrão inteiro de inimigos. Em Unity não é bem assim. Desta vez foi retirado o famoso counter kill, que nos permitia aproveitar o ataque de um inimigo e usá-lo contra ele mesmo, matando-o em seguida. Era possível fazer também killstreaks seguidos, onde conseguíamos matar mais de quinze inimigos em menos de vinte segundos. Agora, a inteligência artificial dos inimigos tornou-se mais esperta, fazendo com que um guarda não fique apenas nos observando em choque enquanto dilaceramos seu amigo, mas sim fazendo-o planejar uma estratégia para te atacar, e acertando-o com tiros ou lâminas enquanto você parte para o próximo oponente. É quase impossível derrotar mais de cinco inimigos de uma vez sem usar qualquer remédio ou se afastar do conflito brevemente. Agora temos as opções de parry (que seria uma espécie de defesa), desvio e ataque. Há também o novo e fantástico modo stealth do jogo, que no apertar de um botão faz Arno abaixar-se e tornar-se mais difícil de ser ouvido e visto pelos seus inimigos. Agora sim temos um jogo que foca muito mais no lado assassino, nos dando a opção de realizar tudo com paciência e calma, sem sermos vistos e sem precisarmos entrar em combate.
            Outro fato importante de mencionar é a cidade em si, que desta vez me parece muito mais viva. Com quase cinco mil NPCs na tela, temos ruas e ambientes lotados de parisienses que possuem suas próprias atividades. Nas ruas abarrotadas de gente, vemos cidadãos se reconhecendo nas ruas e parando para conversar; pessoas entrando em tavernas e bares para tomar uma cerveja com os amigos, homens e mulheres entrando no famoso Café Théâtre para assistirem uma peça ou namorando nas esquinas ou lugares mais privados (experimente ir nas catacumbas qualquer hora, sempre há um casal por lá). Existem atividades também na qual podemos participar, chamadas de crowd events, como matar extremistas que estão prestes a assassinar cidadãos de bem, capturar ladrões que roubam mulheres pela cidade, dar moedas a grupos de mendigos, etc. A cidade de fato parece ser viva e transmite a realidade dos parisienses daquela época, fazendo com que nos preocupemos com os moradores.
            Não podemos deixar de falar também do novo modo online de jogo, que é nada mais do que um modo cooperativo. Admito que venho esperando por algo do tipo há anos, e não me decepcionou em nada. São dezoito missões no total, separadas em duas categorias. Onze missões para o modo cooperativo e sete para heists. O modo cooperativo nos mostra todos os trabalhos que Arno fez para a Irmandade, o que ajuda a nos levar a momentos históricos da Revolução e nos tira da campanha principal onde Arno está apenas atrás de seus próprios interesses. Com histórias extremamente bem boladas, as missões do modo cooperativo são fantásticas e uma adição maravilhosa à história. As outras onze missões são separadas para os heists, que são basicamente missões onde você sozinho ou acompanhado de outros assassinos invade bases templárias a fim de recuperar tesouros e relíquias guardadas por eles; nestas missões, é valorizado o stealth, ou seja, o quão escondida e silenciosamente você consegue orquestrar toda a invasão. Sem contar também com o modo de free-roam, ou traduzido livremente, “andar livremente”, onde você pode convidar ou ser convidado por um amigo para que possam perambular pelas ruas e pelos telhados de Paris juntos.

Por: Gabriel Medeiros

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