A herdeira é o quarto livro da série A Seleção e ocorre
vinte anos depois do fim de A Escolha, quando a América escolhe se casar com o
Maxon. Antes de começar com a resenha preciso desabafar.
Quando comecei essa série, ela prometia ser muito mais do que realmente foi. Sinto que com o passar dos livros a autora se perdeu e deixou os livros tomarem rumos que deixaram a história superficial e desinteressante. Pra começar que ela poderia ter abordado muito mais o tema dos rebeldes e a luta das classes, e isso não ocorreu, me parece que ela se arrependeu de ter colocado esses temas na série e simplesmente optou por ignorá-los. Outra coisa que me irritou muito foi a América terminar com o Maxon, sou completamente team Aspen e achei sem noção ela não ficar com ele no final, mas ok.
Quando comecei essa série, ela prometia ser muito mais do que realmente foi. Sinto que com o passar dos livros a autora se perdeu e deixou os livros tomarem rumos que deixaram a história superficial e desinteressante. Pra começar que ela poderia ter abordado muito mais o tema dos rebeldes e a luta das classes, e isso não ocorreu, me parece que ela se arrependeu de ter colocado esses temas na série e simplesmente optou por ignorá-los. Outra coisa que me irritou muito foi a América terminar com o Maxon, sou completamente team Aspen e achei sem noção ela não ficar com ele no final, mas ok.
A personagem principal agora é a fília do Maxon e da
América, e se chama Eadlyn, que por ser a primogênita é a próxima na linha de
sucessão ao trono. Essa garota é totalmente detestável, ela não é rebelde de um
jeito fofo, como era a mãe nos livros anteriores, e sim chata pra caramba, só
sabe reclamar e dar uma de coitadinha.
Quando Maxon se tornou rei, a primeira de suas ações foi
dissolver as castas e permitir que o povo fosse livre. Mas hoje, vinte anos
depois, surgiram algumas revoltas e o povo não está mais contente como estava
antes, eles passam fome, não têm emprego, e ainda sofrem preconceito por ter
sido de uma casta ou outra antigamente, e qual é a ideia genial da familia real
pra solucionar o problema? Fazer uma seleção pra distrair o povo.
Dessa vez a seleção ocorre com uma garota, então trinta e
cinco garotos são selecionados e abrigados no castelo. A Eadlyn antipática como
é, já começa botando o terror e eliminando vários meninos de forma grosseira
(alguns merecidamente), e já começa a bolar planos pra eliminar todos os
garotos e ficar sozinha no final. Achei muito óbvia a relação dela com um dos
participantes e juro pra vocês que já sabia que ele seria um dos selecionados
só pelas primeiras páginas.
A princesa é antipática e pouco se importa com as pessoas,
então é óbvio que todo esse processo não adiantou em nada pra acalmar as
revoltas da população. Sério mesmo que eles achavam que um reality com a
princesa distrairia o povo que passa fome e não tem emprego? Sério que eles
acharam que as pessoas esqueceriam suas barrigas vazias e se contentariam em se
alimentar de fofoquinhas da elite? Para né.
Não entra na minha cabeça que o Maxon e a América (que tanto
odiou a seleção) tenham obrigado sua filha a passar por esse processo, e muito
menos que eles acreditassem que isso realmente resolveria a situação. Na
verdade, no livro todo eu não reconheci os dois, parece que eles tiraram toda a
personalidade que havia no casal principal e colocaram no lugar os pais do
Maxon. A América age igualzinho a mãe dele agia, sério, não dá pra engolir.
A história é fraca, os selecionados são toscos, os irmãos da
Eadlyn são clichês, seus pais são uns pamonhas e ela é uma chata. Mais uma vez
a Kiera vem com essa historinha de revolta social e não me surpreenderia em nada
se mais uma vez ela deixasse isso pra lá e desse um final feliz pra história
sem mais explicações. O final do livro pra mim foi uma tentativa desesperada de
dar uma emoçãozinha à história sem graça, não colou.
Livro: A Herdeira (The Heir)
Série: A Seleção
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 390
Ano: 2015
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