Resenha - Bloodlines #2 - O Lírio Dourado

Preciso começar essa resenha dizendo o quão desapontada estou com Lírio Dourado. Depois de algumas ceninhas de ação no primeiro livro da série, Laços de Sangue, eu esperava muito mais no segundo, mas o que aconteceu foi o mesmo: foco no cotidiano nos personagens, e suas rotineiras características, mistérios superficiais que qualquer um consegue desvendar e queda de qualidade se comparado com a série Academia de Vampiros.
                É muito difícil você conseguir gostar de uma série sem gostar do personagem principal, mas é exatamente isso o que está acontecendo na minha relação com Bloodlines. Não tenho palavras para descrever o quanto Sydney me deixa entediada, são páginas e páginas da mesma ladainha, o mesmo assunto, as mesmas discussões internas bobas dessa personagem tão chata. Depois de ter ficado o primeiro livro inteiro se perguntando se os vampiros eram realmente assim tão ruins, o que é totalmente aceitável, já que o primeiro livro tem que ser um livro de adaptação, temos novamente um livro INTEIRO com esse mesmo questionamento. Parece que ela simplesmente vai ficar a série toda se perguntando isso e querendo distância deles, quando ela mesma já disse ter percebido que alguns vampiros são melhores que muitos humanos. Simplesmente não dá pra entender.
                Não satisfeita em ficar se perguntando se vampiros podem ser bons durante todo o livro, ela também faz questão de O TEMPO TODO dizer que não gosta de magia, que não gosta de coisas que não tem sentido lógico, que não usa roupas coloridas, e por aí vai. Tá, minha filha, a gente já entendeu, podemos pular pra parte onde você muda todos os seus conceitos e para de obedecer a tudo o que te dizem?
                Mas vamos a história: No livro passado, Sydney foi em uma missão alquimista, que consistia em proteger Jill, a irmã da rainha. Juntamente com Adrian e Eddie, passou pelo disfarce de irmã de Jill e todos foram para Palm Springs, um lugar super ensolarado onde ninguém desconfiaria que um vampiro fosse. Desde então, elas estão estudando em uma escola humana e têm que sofrer todos os dramas do ensino médio.
                Nesse livro, Sydney continua trabalhando com sua professora bruxa e a ajudando com magia (apesar de fazer questão de repetir em todas as páginas do livro que odeia magia). Além disso, também embarca em um romance (super entediante) com um carinha novo na história, que acaba conseguindo ser ainda mais chato que ela. Não acredita em mim? Pois saiba que as discussões dos dois durante o livro envolvem energia eólica, geologia, termodinâmica e muito mais coisas igualmente chatas.
                Adorei ter a presença de Sonya e Dimitri, e creio que eles foram os melhores personagens do livro, simplesmente por serem eles mesmos, e não os personagens nos quais essa série foca. Gostei também de saber mais sobre os Caçadores de Vampiros, que foram incluídos na história porque só aquela coisa de proteger a irmã da rainha não tava dando consistência à série.
                Preciso falar de Adrian, que é um personagem que me incomoda desde a primeira vez que apareceu em Academia de Vampiros. É inacreditável que todas as pessoas do livro gostem desse cara, sério, porquê isso? Ele é um bêbado, fumante, que não faz absolutamente nada da vida além de ser inconveniente e agora, ficar chorando a perda da Rose, que convenhamos, nunca gostou dele. Pra mim, ele é um personagem totalmente dispensável, não vejo utilidade pra ele, e não consigo entender toda essa admiração que todos têm para com ele. Será que ninguém percebe o quão errado ele é? Ninguém liga pra todas as coisas ruins que ele faz? Só porque ele é bonito? E o pior, quando ele faz algo assim, as pessoas simplesmente dizem: ah, ele é só o Adrian, ou então, como nossa nada querida protagonista de Bloodlines diz: ele tem potencial, só não sabe ainda. Faça-me o favor né. E a Richelle ainda forçou a amizade colocando ele “preocupado” com a Jill, numa tentativa falha de tornar o personagem mais amável.
                Resumindo: Gostei do livro, mas acho que foi mais por uma obrigação, tipo: se é escrito por Richelle Mead, se passa no mundo de vampiros, então você deve gostar. Até porque ela é fantástica, e mesmo com personagens tão ruins e acontecimentos previsíveis, a história consegue ser boa. Tenho dificuldades de me acostumar com Sydney depois que o furacão Rose passou na minha vida, mas espero sinceramente que ela se torne uma personagem mais aceitável e menos chatinha, pra eu poder aproveitar a série melhor. 


Livro: Lírio Dourado (The Golden Lily)
Série: Bloodlines
Autor: Richelle Mead
Editora: Seguinte
Páginas: 424
Ano: 2013
Classificação: 

Nenhum comentário:

Postar um comentário